segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Direitos Humanos e Educação Popular - Grupo de Estudo






No dia vinte e oito de outubro de dois mil e dezessete, o grupo de Educação Popular reuniu-se no Cajueiro das 8:30h às 12:00h para abordagem do tema: Direitos Humanos e Educação Popular. Logo após o café, seguiu-se uma breve apresentação dos presentes. Após, as coordenadoras do tema pediram que cada um escrevesse o nome de pessoas, grupos, entidades ou manifestações, a partir da nossa experiência ou lembrança, que contribuíram para os direitos humanos no nossa região. Em seguida cada um fez um breve comentário do porquê da escolha.


Feito isso, o Ricardo Barbosa, palestrante do tema, fez um retrospecto da questão dos direitos humanos a partir da década de 80 passando pelos diversos governos. Comentou inclusive a respeito do Plano de Articulação que foi materializado nas Diretrizes Nacionais em Educação e Direitos Humanos, com as seguintes subdivisões em Educações Popular, Infantil e Superior e Mídia. Ricardo ressaltou que as universidades estão sendo obrigadas a responder sobre a implantação de conteúdos de Educação e Direitos Humanos e Educação e as questões Etno-raciais. Citou alguns documentos que estão disponíveis sobre o assunto como: a Rede Brasileira de em Direitos Humanos e para Direitos Humanos (REDHBrasil.net) que é um programa de capacitação de educadores da rede básica em educação em direitos humanos e o site DHnet.org.br que é dirigido pro um ex-militante. Neste site estão contidas muitas informações e boas indicações de leitura. 


Falou ainda do momento atual com a criação de Comitês Estaduais e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa que, em Goiás, está sob a coordenação do deputado estadual Mauro Rubem. Citou também o importante papel do secretário de segurança pública de Goiás Ricardo Balestreri. Continuou a sua fala ressaltando a necessidade da articulação mais forte entre a Educação e o Direito Humanos que considera ser a única saída para as alterações de humor do governo e da sociedade civil e que uma atuação forte pode fazer com que as decisões independam do primeiro. Para isso ele apresentou, dentre diversos dados do Enem de 2016, que dos 8 milhões de jovens que fizeram o exame, apenas 70 redações tiveram a nota máxima. Bastante sintomática também foram as médias de notas de aprendizado em português e matemáticas das redes particular e pública.


Outros assuntos também pertinentes ao tema discutido como o crescimento do deputado federal Jair Bolsonaro nas pesquisas para presidência do país. As pesquisas apontam que o perfil do eleitor do Bolsonaro é jovem de alta renda, aluno da UFG, o que segundo Ricardo, “demonstra claramente o fracasso da UFG na formação do seu alunado”. Outra questão foi a do aluno que assassinou os colegas, dentre eles seu único amigo, numa escola em Goiânia, sob o pretexto de que sofria bullyng, a Escola sem partido e outras questões correlacionadas.

Por fim, Ricardo falou da necessidade de se desenvolver uma cultura em Direitos Humanos e a saída para superação dos fortes entraves que estamos vivendo é a superação da intransigência e o caminho é o diálogo com os grupos de esquerda já organizados, alinhando os pontos de convergência.



Tema: Direitos Humanos e Educação Popular
Coordenadores da discussão: Carmem e Márcia Mascarenha


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